Na última sexta-feira, 22 de janeiro de 2021, o Conselho Federal de Economia (Cofecon) divulgou o resultado final do XXVI Prêmio Brasil de Economia (PBE), iniciativa que busca incentivar a investigação econômica e estimular economistas e estudantes de economia a desenvolverem pesquisas voltadas para o conhecimento da realidade brasileira. As inscrições à edição 2020 da premiação ocorreram entre os dias 2 de março e 2 de outubro de 2020, abertas a economistas de todo o Brasil com registro ativo e regular nos Corecons.

Ao todo, o PBE contempla cinco categorias: livro de economia, tese de doutorado, dissertação de mestrado, artigo técnico ou científico, e monografia ou trabalho de conclusão de curso de graduação em Ciências Econômicas. Nesta edição da premiação, economistas e estudantes mineiros destacaram-se entre os vencedores, ocupando o primeiro lugar em quatro das cinco categorias da premiação.

Na categoria tese de doutorado, venceu o economista Tarik Marques do Prado Tanure (UFMG), com o trabalho “Mudanças Climáticas e Agricultura no Brasil: Impactos Econômicos Regionais e por Cultivo Familiar e Patronal”, que analisa os impactos futuros das mudanças climáticas sobre a produtividade agrícola dos cultivos vinculados à agricultura familiar e patronal no Brasil, bem como seus potenciais efeitos econômicos.

Já na categoria dissertação de mestrado, o economista Bruno Aguiar Carrara de Melo (UFMG) obteve a primeira colocação com o estudo “Elementos evolucionários para uma teoria da demanda”, que investiga os elementos relevantes para a elaboração de uma teoria da demanda, em especial o consumo familiar, levando em conta as abordagens evolucionária e de complexidade.

Na categoria artigo técnico ou científico, por sua vez, ficou em primeiro o economista Benito Adelmo Salmão Neto (UFU), com a publicação “Os efeitos dinâmicos da poluição sobre o crescimento e a inflação: A derivação do modelo Canônico ambiental novo Keynesiano”. No trabalho, o autor constrói um modelo de três equações onde relaciona variáveis ​​ecológicas com variáveis ​​macroeconômicas tradicionais, abordando a preservação ambiental como condição para o crescimento econômico.

Por fim, na categoria trabalho de conclusão de curso, o economista Arthur Ribeiro Queiroz (UFMG) foi o primeiro colocado, com a monografia “Estratégia de Diversificação Produtiva: Uma Proposta para aumentar a complexidade Econômica dos Estados Brasileiros”. A monografia de Arthur foi indicada pelo Corecon-MG ao PBE após ter vencido o XXXI Prêmio Minas de Economia – Edição 2019. O autor conta um pouco mais sobre seu trabalho em entrevista ao nosso portal.

Na categoria livros de economia, a única em que um participante de Minas Gerais não levou o primeiro lugar, o estado também não deixou de ser bem representado: o economista mineiro Fabrício Augusto de Oliveira obteve a segunda colocação, com o livro “Governos Lula, Dilma e Temer”. A obra analisa as causas que teriam conduzido a economia brasileira à desaceleração do crescimento, à recessão e à estagnação no período de 2011 a 2018.

Os vencedores em primeiro lugar são premiados em dinheiro, enquanto o segundo e o terceiro colocado de cada categoria recebe menção honrosa.

Confira abaixo a lista completa de vencedores:

Categoria Livros de Economia

1º colocado: livro “Moeda e Sistema Financeiro”
Autores: José Luis Oreiro (Corecon-DF), Luiz Fernando Rodrigues de Paula (Corecon-RJ) e Rogério Sobreira Bezerra (Corecon-PE)

2º colocado: livro “Governos Lula, Dilma e Temer”
Autor: Fabrício Augusto de Oliveira (Corecon-MG)

3º colocado: livro “Economia Institucional e Dimensões do Desenvolvimento”
Autor: Octavio Augusto Camargo Conceição (Corecon-RS)

Categoria Teses de Doutorado

1º colocado: tese “Mudanças Climáticas e Agricultura no Brasil: Impactos Econômicos Regionais e por Cultivo Familiar e Patronal”
Autor: Tarik Marques do Prado Tanure (Corecon-MG/UFMG)

2º colocado: tese “Seguro-Desemprego: Avaliação sobre o seguro ao trabalhador formal e o seguro-defeso”
Autor: Artur Henrique da Silva Santos (Corecon-RJ/UnB)

3º colocado: tese “Determinantes da Fragmentação Produtiva em Cadeias Globais de Valor e Consequências para o Comércio Internacional”
Autora: Clarissa Black (Corecon-RS/UFRGS)

Categoria Dissertações de Mestrado

1º colocado: dissertação “Elementos evolucionários para uma teoria da demanda”
Autor: Bruno Aguiar Carrara de Melo (Corecon-MG/UFMG)

2º colocado: dissertação “Liberdade Econômica e Corrupção: Uma Análise Comparativa em Mercados Emergentes”
Autor: Leonardo Koppe Malanski (Corecon-PR/PUC-PR)

3º colocado: não houve

Categoria Artigos Técnicos e Científicos

1º colocado: artigo “Os efeitos dinâmicos da poluição sobre o crescimento e a inflação: A derivação do modelo Canônico ambiental novo Keynesiano”
Autor: Benito Adelmo Salmão Neto (Corecon-MG/UFU)

2º colocado: “Crescimento Econômico e Mudança Estrutural no Brasil: Um conto de Ganhos e Perdas” (47º Encontro Nacional de Economia da Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia – ANPEC).
Autor: Tomas Amaral Torezani (Corecon-RS)

3º colocado: artigo “Efeito Meia-Entrada: O Impacto dos Empréstimos Subsidiados do BNDES no Mercado de Crédito Brasileiro”
Autora: Maria Paula Pinto de Andrade (Corecon-PE/ANPEC)

Categoria Monografias de Graduação

1º colocado: monografia “Estratégia de Diversificação Produtiva: Uma Proposta para aumentar a complexidade Econômica dos Estados Brasileiros”
Autor: Arthur Ribeiro Queiroz (Corecon-MG/UFMG)

2º colocado: monografia “Tratamento de água e esgotamento sanitário no Brasil: Políticas Recentes e o Impacto Social da Privatização”
Autor: Leonardo Albagli Leitão  (Corecon-RJ/UFRJ)

3º colocado: monografia “Os efeitos do comércio intraindústria sobre a complexidade econômica: Uma abordagem a partir do padrão tecnológico”
Autora: Nadine Führ Steffen (Corecon-RS/UNISINOS)

4º colocado: monografia “Elasticidades da Demanda de Gasolina no Brasil pós advento do veículo Flex-Fuel”
Autor: Fernando Aloisio Henz Mullher (Corecon-PR/Unioeste)

Com informações do Cofecon e dos trabalhos vencedores

Economistas mineiros se destacam entre os vencedores do XXVI Prêmio Brasil de Economia
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