Tornar um economista demanda muitos anos de estudos, reflexão e maturidade. Celebrar 68 anos é atingir um patamar de maturidade, que foi forjada no desafio da realidade econômica que transmutada e transforma permanentemente.
O então presidente Getúlio Vargas sancionou a Lei nº 1.411 que regulamentou o exercício da profissão dos economistas no dia 13 de agosto de 1951, o que nos convocou a buscar superar o desafio de diminuir as desigualdades econômicas e sociais.
O economista não envelhece, vai se encantando com a complexidade da sociedade. Ele na verdade poupa e guarda valores. E com a maestria aloca sua sabedoria e conhecimento nas fontes geradoras de riqueza. 68 anos são semeaduras de um ofício que labuta com números, equações, cenários, índices, mas, sobretudo, com o enigma da natureza humana, que responde sempre sobre o primado de uma racionalidade acompanhada de subjetiva. As expectativas são alvos atendo dos profissionais que perceberam que emoção e ciclos financeiros reagem com os múltiplos efeitos da alma humana.
Não pouparei hoje verbos e recurso para dizer que o economista é um ser especial, cheio de porções e segredos. Faz reuniões reservadas para elaborar projetos, pacotes, programas e ações, mas tudo o melhor do seu esforço e inteligência. Ele também é tanto esquisito. Fica fantasiando que pode ser “aprendiz de divindade”, fica querendo prever o futuro. Fica agindo como magos, buscando formula para capturar os movimentos das coisas, comercio, finanças e pessoas.
Tem os pés fixados no mergulho profundo dos fenômenos políticos e sociais. Nãotira os olhos das bolsas de valores, da capacidade de pagamento, do endividamento, da arrecadação, das taxas de emprego, juros, cambio e da carestia da vida.
O economista não é um ser da usura, deste pecado capital, da acumulação. Muito menos gastador ou perdulário. É cheio de opinião e confiança. Falar com um deles percebe bem como são agudos na analise de conjuntura, e como recomendam cautelas ou certezas. É uma espécie de “médicos das fortunas ou escassez”. Sempre com um receituário para aplicar nas enfermidades dos mercados.
Olha que já vimos economistas equivocados na antevisão da realidade. Mas busca sempre a primazia dos argumentos lógicos para aferir a sentença da crise. Em meio à crise daquelas bem agudas, mundiais e complexas são convocados pelos governantes para dar choques de realismo e de bom senso.
Nos mercados existe algo de bipolar nos fluxo e movimentos dos capitais. Você encontrará os economistas com a mente e os olhos atentos à gangorra dos números, subindo e descendo. Tudo se move, nada fica estagnado definitivamente. Eles estudam, refletem e duvidam, mas busca a métrica precisa da sobrevivência e desenvolvimento.
Economista é um ser que nasce serio quando toma consciência que suas projeções, cenários, decisões que afetam a vida de milhares e ate milhões de seres humanos. Nada é fácil ou simples neste oficio de fazer escolhas e produzir lógica que ira transformar a vida de uma nação, empresa ou setor.
Imagina caro amigo, o dilema entre decidir se ira produzir alimentos ou construir bombas. Ou ainda, liberar recursos para saúde e educação ou construir estádios de futebol. São os paradoxos da profissão.
Economista é um ser orgulhoso, não por vaidade efêmera. Mas pela virtude e proporcional o bem-estar social e ajustar as riquezas nacionais, organizacionais ou finanças pessoais. Tem com sentido lato a clara visão e responsabilidade de servir para a sociedade.
A profissão de Economista é essencialmente um ofício de valor e da boa e honrada causa do bem comum. Parabéns aos profissionais pelos 68 anos de labuta.
Texto: Antônio de Pádua Galvão
Economista, assessor CMBH gabinete Vereador Henrique Braga e escritor/poeta