O II Seminário Nacional da Mulher Economista e Diversidade teve início na última quinta-feira, 12 de setembro de 2024, na sede do Corecon-MG. O seminário é promovido pela Comissão da Mulher e Diversidade do  Conselho Federal de Economia (Cofecon)sob a coordenação da conselheira federal Teresinha de Jesus Ferreira e com apoio do Conselho Regional de Economia de Minas Gerais (Corecon-MG). O evento, abordou o tema “Mulheres Economistas, Pesquisadoras, Inovações e Financiamentos”, reuniu renomadas economistas para debater o papel das mulheres na economia e os impactos das novas tecnologias.

Estiveram presentes conselheiras regionais, presidentes dos Conselhos Regionais de Economia, conselheiras federais, mulheres de diversas áreas e estudantes, que compartilharam suas experiências e perspectivas sobre os desafios enfrentados e as soluções inovadoras para uma maior equidade de gênero.

Desenvolvimento e novas tecnologias

A palestra de abertura foi proferida pela economista e pesquisadora da UFRJ, Helena Maria Martins Lastres, que discutiu “O Futuro do Desenvolvimento Brasileiro e as Novas Tecnologias”. Lastres destacou os impactos das inovações tecnológicas no setor econômico e como essas mudanças podem moldar o desenvolvimento do Brasil nos próximos anos. O auditório do Corecon-MG foi o palco dessa discussão, que evidenciou a relevância da difusão das novas tecnologias da informação e comunicação na transformação dos arranjos produtivos.

No dia seguinte, 13 de setembro, a programação do seminário continuou com painéis. A primeira mesa, composta pela professora Ana Hermeto, da UFMG, pela economista Lucia Garcia, do Dieese, e pela professora Marilane Teixeira, da Unicamp, abordou o tema “As Mulheres, a Tecnologia e o Futuro do Trabalho”. A discussão focou nos desafios e oportunidades que as mulheres enfrentam nesse cenário em constante evolução, destacando as mudanças tecnológicas e suas implicações para o futuro do mercado de trabalho feminino.

A segunda mesa tratou da participação das mulheres economistas na análise da economia mundial. Nomes como Luciana Acioly, Débora Freire, Simone Deos e Ana Cláudia Arruda discutiram temas de relevância global, com foco no papel das economistas na criação de novas abordagens para os desafios econômicos contemporâneos.

Entendimentos e expectativas

A primeira mesa da tarde com o tema “Lugar de Mulher é na Ciência, Tecnologia e Inovação”, contou com a participação da Conselheira Federal Tânia Cristina, da professora da UFMG Márcia Rapini, da vice-presidente do Corecon-ES Erika Leal e da conselheira do Corecon-RJ Juliana Duffles. As palestrantes compartilharam entendimentos e experiências inspiradoras sobre a presença e o impacto das mulheres em áreas essenciais para o avanço da ciência, tecnologia e inovação, destacando a importância do protagonismo feminino nesses campos.

Um dos destaques do evento foi a mesa “Tecnologias Inovadoras que Empoderam Mulheres Empreendedoras”, que contou com a presença da presidente do Corecon-BA  Isabel de Cássia, a representante da Rede de Economistas Pretos e Pretas – REPP Ariana Britto, a conselheira do Corecon-MG Emmanuele Silveira,  a economista Elise Hungaro e a economista Karina Moraes Ribeiro.  Abordaram como as inovações tecnológicas estão contribuindo para o empoderamento de mulheres empreendedoras, criando novas oportunidades no mercado de trabalho e promovendo maior inclusão.

Reflexões para avançar

Segundo Valquíria Assis, presidente do Corecon-MG, o seminário reforça a importância da inclusão e da diversidade no desenvolvimento econômico. “Eventos como este promovem reflexões essenciais e nos ajudam a avançar em direção a um mercado mais equitativo, onde a diversidade de vozes e ideias é valorizada”, afirmou. 

Para a conselheira federal Teresinha de Jesus Ferreira da Silva, coordenadora da Comissão Mulher Economista e Diversidade, o Seminário é uma mudança de percepção do que queremos, qual é a nossa participação e o nosso potencial. “Somos competentes, temos diversidade de conhecimentos e precisamos servir de exemplo para outras mulheres, para que elas possam se espelhar em colegas bem-sucedidas dentro da profissão”, afirmou.

Bahia 2025

No encerramento do seminário, foi elaborado um documento contendo as principais discussões realizadas durante o seminário, que será apresentado no Fórum da Mulher Economista  durante o 28º Simpósio Nacional dos Conselhos de Economia (SINCE), programado para ocorrer de 16 a 18 de outubro de 2024, em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Anunciaram a realização do III Seminário da Mulher Economista e Diversidade, em 2025, na cidade de Salvador, na Bahia, sob a liderança da presidente do Corecon-BA.

Esse II Seminário Nacional da Mulher Economista e Diversidade marca mais um passo importante na busca por igualdade de gênero no setor econômico, promovendo o reconhecimento do trabalho das economistas e ampliando o debate sobre inovação e inclusão.

Veja o registro de fotos aqui.

II Seminário da Mulher Economista e Diversidade discutiu tecnologia e o papel das economistas no desenvolvimento econômico

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