O Brasil inteiro tem acompanhado, nos últimos dias, os desdobramentos do desastre climático de extrema gravidade que atingiu mais de 70% municípios do estado do Rio Grande do Sul. O quadro é desolador: o transbordamento de vários rios – entre eles o Taquari, Sinos, Gravataí, Caí, Jacuí e Ibicuí – alagou e devastou diversas cidades, além de deixar outras várias em condição de isolamento. Quando as águas chegaram ao Guaíba, provocaram a maior enchente já noticiada na história da capital gaúcha. Há cidades que ficaram completamente inundadas. 

Até esta segunda-feira (06), foram registradas mais de 80 mortes, além de 110 pessoas desaparecidas; cerca de 150 mil estão fora de suas casas e outras mais de 850 mil estão, de alguma forma, afetadas; além das interrupções em serviços de fornecimento de luz e água, há diversos danos em infraestruturas como estradas, pontes e barragens; o aeroporto Salgado Filho encontra-se alagado, com previsão de que assim permaneça por mais alguns dias; e milhares de pessoas perderam suas casas, seus animais, suas plantações e tudo o que tinham.  

Neste momento de dor, a participação dos economistas brasileiros é de suma importância. Uma tragédia de tamanha proporção só pode ser enfrentada a partir da união e solidariedade de todos os brasileiros. Por isso, o Conselho Federal de Economia e o Conselho Regional de Economia do Rio Grande do Sul conclamam a todos economistas a apoiarem os gaúchos nos esforços de mitigação dos efeitos climáticos e de reconstrução do estado.  

O Cofecon e o Corecon-RS solicitam que as doações sejam feitas nas formas indicadas pelos governos federal e estadual. Entre os canais disponibilizados pelo governo federal está a Força Aérea Brasileira (FAB), que receberá doações (inicialmente de roupas, colchonetes, água potável e alimentos não perecíveis) nas bases aéreas de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. O Palácio do Planalto também pediu aos governadores que centralizem as doações em suas unidades do Corpo de Bombeiros. 

A doação também pode ser realizada por meio da chave Pix oficial do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, com o CNPJ 92.958.800/0001-38. No destinatário, deve aparecer o nome “SOS Rio Grande do Sul”, e a instituição financeira é o Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul). O governo estadual informa que cerca de R$ 38 milhões foram doados por este canal e que os recursos serão direcionados para apoio humanitário às comunidades afetadas pelas enchentes.  

Juntos, haveremos de reconstruir tudo aquilo que foi destruído pelas enchentes e a sociedade saberá que pode contar com a participação de todos, bem como com o trabalho e a solidariedade dos economistas brasileiros. 

Paulo Dantas da Costa
Presidente do Cofecon

Bruno Nogueira Lanzer
Presidente do Corecon-RS

Cofecon divulga carta de apoio dos economistas às populações atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul

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