No mais recente relatório da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dados animadores surgem em relação ao mercado de trabalho brasileiro no terceiro trimestre de 2023.
Desemprego em Queda
A taxa de desocupação, que atingiu 7,6%, apresenta uma queda significativa de -0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (maio a julho de 2023). Esse declínio se reflete não apenas em uma melhoria imediata, mas também representa o índice mais baixo desde fevereiro de 2015. Com uma população desocupada de 8,3 milhões, houve uma redução de 3,1% no trimestre e 8,5% no ano, marcando um marco importante na retomada econômica.
Fonte: IBGE
Recorde na Ocupação e Estabilidade na Informalidade
A população ocupada ultrapassou os 100 milhões de trabalhadores pela primeira vez na série histórica iniciada em 2012, totalizando 100,2 milhões. Esse aumento de 0,9% no trimestre e 0,5% no ano indica uma recuperação sólida e consistente no mercado de trabalho. A taxa de informalidade permaneceu estável em 39,1%, indicando uma relativa constância nas formas de trabalho informal.
Redução na Subutilização e Desalentados
Um indicador essencial, a taxa composta de subutilização, recuou para 17,5%, mostrando uma melhoria nas condições de trabalho e uma queda de 2,0 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre de 2022. A população subutilizada, representando 20,0 milhões de pessoas, permaneceu estável no trimestre e registrou uma queda notável de 11,6% no ano.
O número de desalentados, que representa aqueles que desistiram de procurar emprego, caiu 6,0% em relação ao trimestre anterior e 17,7% no ano. Com 3,4 milhões de pessoas, esse é o menor contingente desde agosto de 2016.
Setores em Crescimento e Rendimento em Alta
Diversos setores apresentaram crescimento, destacando-se Transporte, armazenagem e correio (3,2%), Alojamento e alimentação (7,0%), e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,5%). O rendimento médio real habitual alcançou R$ 2.999, com um crescimento de 1,7% no trimestre e 3,9% no ano, refletindo melhorias nos ganhos dos trabalhadores.
Perspectivas Positivas e Desafios a Superar
Os dados da PNAD indicam uma trajetória positiva no mercado de trabalho brasileiro, com a redução do desemprego, aumento na ocupação e estabilidade na informalidade. No entanto, é essencial abordar desafios persistentes, como a informalidade ainda presente, para garantir uma recuperação econômica robusta e sustentável.
A divulgação do IBGE reforça a importância de políticas públicas eficazes e iniciativas do setor privado para manter essa tendência de melhoria e promover um ambiente de trabalho mais estável e próspero para todos os brasileiros.